"E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará" - Jo 8:32

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Estudo advento, parte 2

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Acompanhe abaixo uma reportagem da TV Novo Tempo sore o assuno.

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sábado, 26 de novembro de 2016

Artigo na revista Nature inclui pesquisa de saúde com adventistas


Um artigo publicado no dia 14 de novembro, terça-feira, sobre a relação de uma bactéria intestinal e a possível influência sobre diabetes, incluiu dados de uma pesquisa com adventistas do sétimo dia do Brasil. A publicação saiu na conceituada revista científica Nature Communications, que faz parte do grupo Nature. A publicação britânica é considerada uma das poucas revistas acadêmicas que divulga pesquisas originais em vários campos científicos e tem um público on-line de cerca de 3 milhões de leitores únicos por mês.


O artigo foi elaborado pelos pesquisadores brasileiros Ana Carolina Franco de Moraes, Gabriel R. Fernandes, Alexandre C. Pereira, Sandra R. G. Ferreira e o médico adventista Everton Padilha Gomes, coordenador do Estudo Advento, em parceria com cientistas da Oregon State University.
Segundo a doutora em Nutrição em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP), Ana Carolina de Moraes, esse é um dos artigos que está sendo produzido a partir do uso de dados com pacientes avaliados no estudo inédito realizado sobre regimes dietéticos entre adventistas do sétimo dia em São Paulo.
A nutricionista explica que o conteúdo publicado na Nature identificou uma importante ligação entre o sistema imunológico, as bactérias do intestino e o metabolismo da glicose. Foi constatado que há diferença na abundância da bactéria Akkermansia muciniphila no intestino de pessoas diabéticas, pré-diabéticas e as que não possuem qualquer anormalidade no metabolismo da glicose (tecnicamente chamadas de normotolerantes). “Essa bactéria se mostrou menos presente nas pessoas diabéticas e mais abundante nas consideradas normotolerantes. Isso indica que essa interação pode influenciar o desenvolvimento do diabetes tipo 2”, comenta a pesquisadora e coautora da produção. Não há, no entanto, ainda, uma relação estabelecida sobre o tipo de regime dietético dos adventistas e a presença dessa bactéria.
O que o Estudo Advento já constatou?
Para a produção do artigo foram avaliados pelo menos 94 adventistas do sétimo dia brasileiros, entre 35 e 65 anos de idade, incluídos no grupo maior de pessoas pesquisadas pelo Estudo Advento ( que compreende mais de 1.500 avaliados).
Reprodução do site estudoadvento.adventistas.org
Reprodução do site estudoadvento.adventistas.org 
Resultados com camundongos
O estudo da bactéria Akkermansia muciniphila já é realizado há alguns anos. Uma das pesquisas, desenvolvida por cientistas da Universidade de Louvain, na Bélgica, utilizaram essa bactéria como probiótico (ou seja, positiva para a saúde) com a finalidade de reduzir o peso e diminuir o risco de diabetes tipo 2 em camundongos. Eles observaram que a bactéria foi capaz de alterar a camada de muco que reveste o intestino, protegendo contra o desenvolvimento do diabetes tipo 2.
Durante a experiência, os camundongos foram tratados com uma dieta rica em gordura, resultando no ganho de peso dos roedores. Posteriormente, eles receberam doses da bactéria e perderam metade do peso adquirido sem que fosse feita qualquer alteração na dieta.
Trecho da metodologia que cita o Estudo Advento, realizado pela USP com adventistas do sétimo dia. Reprodução do site www.nature.com
Trecho da metodologia que cita o Estudo Advento, realizado pela USP com adventistas do sétimo dia. Reprodução do site www.nature.com  
Os camundongos tratados com a bactéria também acusaram baixos níveis de resistência ao hormônio insulina, um sintoma clássico da diabetes tipo 2.
O artigo da Nature abre caminho para a possibilidade de esse tipo de comprovação ocorrer com seres humanos e, em uma segunda etapa, criar uma correlação com o tipo de dieta que as pessoas adotam (vegetarianos, ovolactovegetarianos ou onívoros). [Equipe ASN, Felipe Lemos, com informações da BBC Brasil]


Quer saber mais sobre o Estudo Advento? Veja esses vídeos:
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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Pastores e padres se convertem ao adventismo – será isso apenas coincidência?

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Essa semana (28/10/2016) me deparei com um vídeo interessante no YouTube. O vídeo me chamou a atenção por destacar que muitas pessoas estão deixando suas igrejas – onde aceitaram Jesus como seu Salvador pessoal [de forma sincera] – e estão se unindo a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Isso não é um fato muito comum, principalmente pelo fato dessa igreja ter sido, e ainda ser por alguns, considerada uma seita.

Mas já havia, a mais de 100 anos, uma profecia que nos alertava sobre isso.

E isso é maravilhoso. Principiante tendo em vista que essa profecia também aponta paira o breve retorno de nosso mestre.

Veja o vídeo:


Fonte do vídeo: Canal Shekinax
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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Ellen White foi uma falsa profetisa ou os que a acusam é quem são falsos?

Matéria reproduzida na integra do blog Na Mira da Verdade da TV Novo Tempo
Recebi uma série de textos de Ellen White que foram distorcidos (por maldade ou ignorância) com o objetivo de desmerecê-la como profetisa.

É compreensível que uma pessoa não creia que ela recebeu o dom profético, pois, isso é algo para ser experimentado individualmente por aqueles que têm acesso aos escritos dela e os leem com o objetivo (sincero) de descobrir a beleza da Pessoa de Jesus.
Porém, atrapalhar os outros que acreditam ter ela recebido de Deus a tarefa de exaltar a Bíblia e a Pessoa do Salvador, é uma atitude maldosa que em nada contribui para a edificação espiritual dos outros.
Os debates que tenho tido com indivíduos que não aceitam o dom profético na pessoa de Ellen G. White fizeram-me concluir que há entre os questionadores pessoas sinceras, que estão em busca da verdade e que precisam ser tratadas como a própria Ellen White recomendas no livroTestemunhos Para a Igreja, vol. 1, p. 328:
“Essas pessoas não devem ser privadas dos benefícios e privilégios da igreja, se no demais sua conduta cristã é correta e têm um bom caráter cristão…
“Alguns, foi-me mostrado, poderiam receber as visões publicadas, julgando a árvore pelos seus frutos. Outros são como o duvidoso Tomé; não podem crer nos Testemunhos publicados, nem receber evidências através do testemunho de outros, mas precisam ver e ter evidências por si mesmos. Estes não devem por isso ser postos de lado, mas deve ser exercida para com eles longa paciência e amor fraternal até que tomem posição e assumam opinião definida contra ou a favor.”
Porém, há os ignorantes que distorcem aquilo que não conhecessem (o pior é que acham que conhecem!) e que na verdade não têm o objetivo de apresentar a verdade dos fatos. Muitos deles até acreditariam nas mensagens de Ellen White se ela não reprovasse o estilo de vida deles…
Pretendo apresentar a você uma série de respostas que mostram algumas das declarações da escritora no verdadeiro contexto em que elas as escreveu. Nos próximos dias separarei um tempo para demonstrar que os críticos de Ellen White estão “mais por fora que arco de barril”, e espero que eles sejam honestos consigo mesmos após leitura atenta e pesquisa imparcial.
Que eles parem de usar o procedimento desonesto chamado “elipse” para colocar na boca de Ellen White aquilo que ela jamais disse. Que eles extraiam dos escritos dela os princípios fundamentais para uma vida espiritual saudável. E, que deixem de difamá-la, pois, “… o que difama é insensato.” (Pv 10:18).
Ellen White afirmou que a Inglaterra declararia guerra contra os EUA.
Essa distorção é feita através da citação do livro Testemunhos Para a Igreja, vol. 1, p. 259:
“Quando a Inglaterra declarar guerra, todas as nações terão interesses próprios a atender, haverá guerra e confusão totais”.
O argumento é: sendo que não há qualquer registro histórico de que isso tenha acontecido, isso prova que Ellen White falhou.
Porém, quando lemos toda a citação, percebemos que ela não tem caráter preditivo e simcondicional. Preste atenção especialmente nas frases em negrito:
“A Inglaterra está estudando se é melhor tirar proveito da presente condição, guerreando contra ele… Teme que, se ela iniciar guerra do Exterior… mas, se a Inglaterra pensar que isso valerá a pena, não vacilará um momento para aumentar as chances de exercer o poder e humilhar nosso país…”.
Que em seu comentário pessoal Ellen White mostra apenas a hipótese de haver uma guerra entre os dois países, fica claro quando lemos toda a citação, especialmente as frases em que ela apresenta condições para que a batalha entre Inglaterra e EUA aconteça. Analisemos duas frases apenas:
“A Inglaterra está estudando SE é melhor tirar proveito…” – Perceba que os ingleses estavam analisando para ver se era melhor tirar proveito.
“SE a Inglaterra pensar que isso valerá a pena…” – Veja a condicionalidade: SE a Inglaterra pensar….
É depois dessas afirmações condicionais é que ela escreveu: “Quando a Inglaterra declarar guerra…”.Por isso, na construção frasal do trecho, “Se” e “Quando” são sinônimos e apresentam apenas umapossibilidade de conflito.
Reunindo todas as informações que estão na página 259, a citação pode ser perfeitamente compreendida da seguinte maneira:
“A Inglaterra está estudando para ver se é melhor tirar proveito… Se a Inglaterra pensar que isso valerá a pena, chegará o momento em que ela declarará guerra [contra os EUA]”
Os críticos deveriam ler toda a citação em seu contexto e perceber seu caráter condicional, para não saírem por aí escrevendo um monte de bobagens…
A análise desse texto descontextualizado e dos demais que futuramente serão abordados aqui no blog, nos leva a concluir que falsos são os críticos de Ellen White e não ela!
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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Cidades de Santa Catarina buscam adaptar horários para os funcionários adventistas


Com milhares de seguidores, a Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) é uma das maiores religiões sabatistas no Brasil. Os fiéis são conhecidos por não poderem trabalhar entre o pôr do sol de sexta até o de sábado. Esta particularidade da religião se apresenta como um desafio para as escolas, universidades e outros órgãos oficiais, que devem respeitar a crença e adaptar horários e jornadas de trabalho para os sabatistas.

De acordo com o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o último realizado, existem 820 adventistas em Brusque, e outros 883 em Guabiruba – a maior comunidade da região-, totalizando mais de 1,6 mil fiéis. Os seguidores trabalham e estudam normalmente, menos no sábado.

Halliwel Fontana é o pastor da Igreja Adventista em Brusque. Ele prega em diversas igrejas no município, menos no Limoeiro, onde outro religioso comanda as atividades. O líder adventista explica que o costume de guardar o sábado está embasado na bíblia.
A principal referência é a criação do mundo, que, segundo a bíblia, demorou seis dias. No sétimo dia, Deus descansou. Ou seja, os adventistas preservam o sábado por causa disso. Além disso, o pastor explica que vários profetas sempre guardaram o sábado, como manda o livro sagrado.

É por isso que os adventistas não podem trabalhar, estudar ou fazer qualquer outra atividade no sábado. Outra particularidade é que, para os adventistas, os dias não começam à meia-noite, mas sim a cada pôr do sol. Por isso, para eles, o sábado vai do pôr do sol de sexta até o pôr do sol de sábado.

“No sábado, nós temos a Escola Sabatina, que é a maior escola do mundo, e depois temos o culto”, diz Fontana. A Escola Sabatina ocorre às 9h de todo o sábado, em todo o mundo.
Após estudar e ir ao culto, os adventistas costumam tirar a tarde para pregar ou fazer boas ações. O pastor Fontana diz que muitos aproveitam para ir aos asilos e realizar doações. Ele afirma que o descanso semanal é bom para a mente, pois evita a fadiga emocional e recarrega as baterias para a nova semana.
Garantidos por lei
Uma lei estadual de 1999, sancionada pelo então governador Luiz Henrique da Silveira, garante que os adventistas e outros sabatistas tenham o direito à sua crença respeitados. Num dos artigos, a legislação prevê que as faltas de alunos dessas religiões devem ser abonadas, sem prejuízo para eles.
Relação de trabalho requer bom senso
A Constituição Federal garante a todos os cidadãos a liberdade de culto religioso, porém, nenhum patrão é obrigado a manter um funcionário sabatista. O que não pode é discriminar.

No entanto, como na região a Igreja Adventista é forte, há casos em que se consegue chegar a um meio termo. É o caso de Sérgio Pereira, que trabalha no Hotel Gracher e é adventista há 15 anos. Ele segue o costume da sua religião e não trabalha aos sábados.
“Como hotel tem vários horários dinâmicos, dá para adaptar os horários”, afirma Pereira. A relação dele com a chefia é na base do bom senso e assim tem funcionado. Nas escalas de fim de semana, quando preciso, ele fica com o turno de sábado à noite, mas não o de sexta”.

O empresário Erivan Cavichioli, proprietário da Ellotex, é adventista e segue à risca os preceitos da religião. O horário de funcionamento da companhia é das 7h às 12h e das 13h às 17h de segunda a quinta-feira. Na sexta, termina uma hora mais cedo, por causa do pôr do sol.

O esquema de trabalho diferente é explicado ao funcionário no momento da contratação. E tem dado certo, conforme o empresário. Ele diz que assim que se converteu há 18 anos e pesquisou sobre a religião. Os novos costumes vieram naturalmente.

Desafio para a Educação
Os desafios para a área educacional também são grandes. De acordo com a gerente de Educação da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR), Sônia Maffezzolli, a maior comunidade de adventistas da regional fica em Guabiruba, por isso, a escola estadual João Boos conta com o Ensino Médio no período matutino.

Sônia afirma que a regional tomou a atitude já há algum tempo em Guabiruba porque o número de alunos que teria de faltar às aulas à noite seria considerável. No contexto geral, contudo, os adventistas não representam um grande contingente. Em Brusque, o volume “é muito baixo” e nas outras cidades, menor ainda.

Segundo a gerente de Educação, os alunos adventistas que trabalham e estudam à noite não são prejudicados. Eles recebem atividades extracurriculares, como trabalhos, para fazer fora da sala de aula e são avaliados em cima disto.

Vestibular prolongado
Os sabatistas também têm diferença em relação aos demais na hora do vestibular. No caso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), eles ficam numa sala reservada e começam a prova só depois do pôr do sol. O mesmo ocorre na avaliação da Acafe, que dá vaga para a Unifebe.

Arthur Timm, assistente de eventos da Unifebe, atuou como fiscal na sala de sabatistas no último vestibular de verão. Ele conta que os cerca de 12 candidatos foram isolados numa sala às 13h, horário oficial da prova. Até as 19h, eles comeram, rezaram e cantaram. Por volta das 19h20, quando o sol já não estava mais no céu, eles começaram a prova.

Reportagem reproduzida na integra. Clique Aqui para ver no site original.
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sábado, 6 de agosto de 2016

sábado, 25 de junho de 2016

Ellen Gold White e o Brasil

Pesquisa inédita revela detalhes da relação da escritora e de seus familiares com o Brasil
Às 15h40 de uma sexta-feira, dia 16 de julho de 1915, aos 87 anos, chegou ao fim a jornada de 70 anos de ministério de Ellen White. Créditos: Ellen White Estate
Precisamente há cem anos, no dia 16 de julho de 1915, faleceu na Califórnia (EUA) Ellen White, pioneira da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ao longo de aproximadamente 70 anos de trabalho ativo, Ellen White escreveu em torno de cem mil páginas acerca de praticamente qualquer tema relevante ao desenvolvimento físico, mental e espiritual.
No Brasil, existem 118 títulos de sua autoria, sendo o português a segunda língua em que seus escritos foram mais traduzidos (atrás apenas do espanhol). Aliás, seu livro mais conhecido e traduzido no mundo, Steps to Christ (1892), foi o primeiro livro de Ellen White traduzido para a nossa língua[1]. Apenas três anos depois do lançamento dessa obra nos Estados Unidos, o material foi traduzido pelo imigrante recém-converso ao adventismo, Guilherme Stein Jr[2].
Última residência de Ellen G. White, em Santa Helena, Califórnia (EUA). Funcionou como escritório administrativo do White Estate até 1938. Ali chegaram as correspondências vindas do Brasil. Créditos: Ellen White Estate
Contudo, o leitor mais atento das obras de EGW certamente percebeu que ela nunca citou o Brasil em seus escritos. Os motivos parecem ter sido os mais diversos: o país ainda não estava na órbita de influência da Europa e dos Estados Unidos no século 19 e início do século 20, embora desde 1823, a partir da chamada Doutrina Monroe, já houvesse interesse dos Estados Unidos pela hegemonia da América do Sul. Ainda assim, para a grande maioria dos estadunidenses, o Brasil era percebido como um exótico país, terra de índios e negros onde a língua oficial era o espanhol.
Tendo isso em vista, pode parecer surpreendente o fato de que ninguém menos que José Bates se converteu no Brasil em 1824, quando ainda era marinheiro, por ocasião de suas viagens comerciais a bordo do Empress. Assim ele escreveu em The Autobiography of Elder Joseph Bates (Steam Press, 1868, p.193): “Em meu contato entre essas pessoas, que eram todas católicas, não achei ninguém para conversar sobre religião. […] Sentia um forte desejo de encontrar algum lugar para meditação e retiro para libertar minha alma e dar vazão para meus sentimentos interiores e tinha a impressão de que, se pudesse penetrar na densa floresta, poderia em certa medida encontrar alívio. Uma oportunidade se abriu para mim. Com a companhia de minha Bíblia, saí da cidade e segui a praia até encontrar uma mata virgem onde pudesse entrar. Ali desfrutei de liberdade em oração além de qualquer coisa que já havia experimentado antes. Foi de fato um lugar celestial com Jesus Cristo.  Quando meus negócios permitiam, costumava gastar a tarde em retiro em algum lugar nessas matas; e as vezes por temer répteis geralmente subia em uma grande árvore, acomodando-me em segurança num dos seus galhos, desfrutando da mais preciosa ocasião em ler as Escrituras, cantando, orando e louvando ao Senhor.”
A família White deve ter lido sobre os brasileiros e seus hábitos através do diário de Bates. Afinal, desde aproximadamente 1844, eles eram companheiros. No diário é descrito o costume popular de “malhação do Judas”, a fabricação de farinha de mandioca e os malefícios do hábito do consumo da pinga. Em 1846, já aposentado da marinha, Bates aceitou o dom profético de Ellen, sendo companheiro do casal White nos primeiros tempos do adventismo.
Ellen White não concluiu seus estudos formais e não compreendia outras línguas além do inglês. No entanto, isso não diminuiu seu interesse e preocupação com o ministério além-mar, onde a mensagem do advento era desconhecida, chegando oficialmente na Europa na década de 1870 através de John Nevins Andrews. Na Alemanha, em outubro de 1887, teve contato pessoal com duas famílias, Lindermann Doerner[3], que migraram posteriormente para o Brasil, já adventistas, onde se estabeleceram no Sul do país.
Frederick W. Spies (1866-1935), presidente da Conferência União Brasileira, encontrou-se com Ellen G. White em 24 de agosto de 1909, em Council Grove, Kansas (EUA). Créditos: Flávio Araújo Garcia
Em 1909, em seu último discurso em uma sessão da Associação Geral, em Takoma Park, Washington, entre 13 de maio e 6 de junho, aos 82 anos, ela proferiu sua conhecida frase acerca da Bíblia: “Recomendo-vos este livro”[4]. Ao percorrer o longo caminho de volta da costa leste para a oeste, na pequena cidade de Council Grove, Kansas, em uma campal para imigrantes alemães, no dia 25 de agosto, encontrou-se com Frederick W. Spies (1866-1935), teuto-alemão que era presidente da Conferência União Brasileira e único delegado representando o Brasil. Abordando Atos 2, Ellen pregou sobre a importância das línguas para o avanço da obra. Ela ficou em Kansas durante quatro dias, onde falou quatro vezes, três delas em inglês e uma vez para os irmãos alemães, provavelmente traduzida por Spies.[5]
Ele foi importante figura da igreja no Brasil, trabalhando inclusive como gerente da Casa Publicadora Brasileira. Frederick W. Spies está sepultado no cemitério de Vila Assunção em Santo André, São Paulo. Um detalhe interessante é que Spies, John Lipke, Augusto Pages e Guilherme Stein Jr. trocaram mais de 50 cartas com W. C. White, filho da pioneira, entre 1901 e 1929 em Santa Helena, Califórnia.
James Edson White, o outro filho do casal, apoiou o trabalho de evangelização dos negros no sul dos Estados Unidos com a impressão da Cartilha Evangélica, traduzida para o português em 1898. Esse livro, uma das primeiras cartilhas protestantes de alfabetização no Brasil, foi impresso nos Estados Unidos e vendido pelos colportores nacionais antes do estabelecimento da Casa Publicadora Brasileira.
O neto de Ellen, Arthur L. White (1907-1991), foi secretário do White Estate durante 41 anos e esteve no Brasil duas vezes (1952 e 1962), promovendo o legado da avó.
Arthur L. White, neto de Ellen White, esteve duas vezes no Brasil (1952 e 1962). No Colégio Adventista Brasileiro, em 1962, Arthur participou como professor do curso de Extensão de Teologia da Associação Geral. Ele é o terceiro (da direita para a esquerda) que está sentado. Créditos: Flávio Araújo Garcia
A partir deste brevíssimo resumo, podemos destacar a importância de Ellen White para o Brasil, bem como as relações da profetisa com um país que, embora pouco expressivo em sua época, se tornou uma das “potências” do adventismo. Hoje, por iniciativa de membros e amigos da igreja, diversas cidades brasileiras nomeiam praças e ruas em homenagem a Ellen White[6].
Elder Hosokawa, mestre pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, é coordenador do curso de História do Unasp, campus Engenheiro Coelho. Fabio Augusto Darius é doutor pela Escola Superior de Teologia (EST) e atua como professor do curso de História no Unasp, campus Engenheiro Coelho
[1] Traduzido para 150 línguas, Steps to Christ é considerado o décimo quarto livro com maior tiragem no mundo, acumulando 60 milhões de exemplares.
[2] STEIN Jr., Guilherme. A voice from Brazil. The Home Missionary. Julho, 1895, p. 135.
[3] DELAFIELD, D. A. Ellen G. White in Europe. Washington, D. C.: Review and Herald Publishing Association, 1975, p. 282. Lindermann e Doerner são as famílias pioneiras da IASD na Alemanha (1870) e no interior do Rio Grande do Sul (1896), ainda no final do século 19. GRAF, Huldreich H. Travels in Rio Grande do Sul. The Missionary Magazine. Junho, 1896, p. 239 e 240.
[4] AAMODT, T. D. (Ed.) Ellen G. White: American Prophet. New York: Oxford University Press, 2014, p. 149.
[5] WHITE, W.C. At the Iowa and Kansas Camp-Meetings. Advent Review and Sabbath Herald. 6 de janeiro 6, 1910, p. 9.
[6] Uma das primeiras iniciativas do poder público em homenagem à pioneira adventista ocorreu em 1999, na capital paranaense. No bairro do Ahú, um jardinete recebeu o nome dela. Em 8 de abril de 2013, em Franca (SP) um logradouro também foi inaugurado em homenagem a Ellen White. Outro fato recente foi o decreto municipal nº 10.734, assinado em 9 de junho de 2014, na capital mineira, que atribuiu o nome da escritora a uma praça no bairro Solar do Barreiro. Vale lembrar ainda que Ellen figura na galeria de retratos da Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura da Paz (Umapaz), no Ibirapuera, na capital paulista. No dia 20 de dezembro de 2013, a escritora foi reconhecida como vanguardista no discurso sobre saúde e sustentabilidade.
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quinta-feira, 16 de junho de 2016

Comissão do Senado aprova lei pró-guardadores do sábado


Apesar do momento de turbulência política vivido pelo Poder Legislativo do Brasil, uma legislação a favor dos guardadores do sábado avançou em mais uma etapa. Nesta quarta-feira, 15, foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal o substitutivo do Projeto de Lei Complementar (PLC) 130/2009 que prevê realização de provas em dias que não coincidam com o período de guarda religiosa. Segundo a proposta original do deputado Ruben Otoni, a escola deveria oferecer um horário no mesmo turno em que o aluno estiver matriculado como alternativa. “O objetivo é regulamentar a situação dos adventistas do sétimo dia, dos batistas do sétimo dia, dos judeus e de todos os seguidores de outras religiões que guardam o período entre o pôr do sol da sexta-feira até o pôr do sol do sábado em adoração divina”, explica o deputado.

De acordo com a Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a possibilidade deverá ser aberta a alunos de qualquer nível de ensino, matriculados em escola pública ou privada. O pedido de ausência terá de ser encaminhado previamente por requerimento fundamentado. O substitutivo do Senado prevê, ainda, a oferta de dois tipos de alternativas pela escola, que deverá escolher uma delas e oferecê-la sem custo para o estudante.

Uma das formas de compensação é a realização de prova ou aula de reposição em data diferente, seja no turno de estudo do aluno ou em outro horário negociado com a escola. A segunda delas é a cobrança de um trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa, com tema, objetivo e data de entrega definidos pela instituição de ensino. O substitutivo inclui a matéria em novo artigo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, legislação máxima educacional brasileira.

O relator na Comissão, senador Paulo Paim, ressaltou que a legislação atende ao que prevê a Constituição Federal no seu artigo 5º, no que diz respeito à liberdade de consciência das pessoas em relação a dias de guarda religiosos (como o sábado, no caso dos adventistas e judeus), mas frisou que as justificativas para essas alternativas às provas devem ser plausíveis para que se evitem abusos e injustiças.

O presidente do Observatório da Liberdade Religiosa, em Brasília, advogado Pablo Sukiennik, informou que a entidade foi uma das responsáveis por trabalhar para garantir uma maior rapidez na apreciação do assunto na Comissão de Constituição e Justiça. “Existe uma lacuna na legislação brasileira em relação a esse tema, o qual afeta a vida de milhões de brasileiros, pais e alunos”, ressalta nota do Observatório enviada ao senador Paulo Paim.

Para o diretor de Liberdade Religiosa da Igreja Adventista em oito países sul-americanos, Hélio Carnassale, esse tipo de legislação, caso aprovada de maneira definitiva pelo legislativo brasileiro, é uma importante vitória na garantia dos direitos de crença dos guardadores do sábado e de demais grupos que observam dias religiosos e, ao mesmo tempo, querem obter formação educacional. A matéria ainda será apreciada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte em caráter terminativo, e será submetida posteriormente à sanção presidencial.

(Felipe Lemos, ASN)
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terça-feira, 3 de maio de 2016

Jovem aceita a Cristo e decide fazer Teologia depois de ler livros do Impacto Esperança


O Projeto Impacto Esperança estimula a leitura de livros com temas bíblicos variados, que são capazes de mudar a vida do leitor. Foi criado em 2008 pela Igreja Adventista na América do Sul e desde então tem mobilizado os mais de dois milhões de fiéis adventistas no território sul-americano, com mais de 200 milhões de livros e revistas entregues.
Essa semente de esperança chegou à casa de Lucas Fávero, em Ubiratã, no Oeste do Paraná, por meio de um primo que é pastor adventista. Em 2007 e 2008, o familiar entregou dois livros missionários ao pai de Lucas: Os Dez Mandamentos e Esperança para Viver. Como o pai era muito ocupado com o trabalho, guardou os livros no fundo de uma gaveta e não demonstrou nenhum interesse.
Tempos depois, entre os 12 e os 13 anos, Lucas descobriu os exemplares, e hoje diz que inicialmente se interessou apenas pelas capas atrativas. Ao folhear as primeiras páginas, observou que vários pontos estavam em dissonância com o que aprendia na outra denominação. Mesmo assim, por influência de familiares, deixou a mensagem de lado.
Aos 15 anos, pediu uma garota adventista em namoro. Ela, no entanto, disse que só aceitaria o compromisso se ele fizesse estudos bíblicos e entrasse no Clube dos Desbravadores. Ele aceitou prontamente, mas a princípio não levou o estudo bíblico tão a sério. A cada nova lição, porém, percebia que já conhecia aqueles ensinamentos de algum lugar.
Foi então que voltou a procurar os livros do Impacto Esperança, passou a valorizar os estudos e foi batizado. “Tudo isso somente foi possível por conta dos livros que outrora tinha lido por simples curiosidade”, afirma. Lucas pensava em ser um engenheiro civil, mas depois de ouvir um sermão estimulando os jovens a serem pastores decidiu mudar de área. Hoje, cursa o quarto ano de Teologia no Centro Universitário Adventista de São Paulo, no Campus Engenheiro Coelho (Unasp-EC).
Para ele, o Projeto Impacto Esperança é fundamental não apenas por alimentar internamente a Igreja, mas principalmente porque “aqueles livros conseguem chegar aonde nenhum pastor, nenhum membro da Igreja vai conseguir chegar. E na minha casa eu duvido que chegaria se não fosse dessa forma. E muitos desses resultados, a gente não vai conseguir ver aqui, agora. A gente vai ver só lá no céu”, conclui.
De acordo com o presidente da Igreja Adventista na América do Sul, pastor Erton Köhler, “o sonho é colocar um livro e uma semente de esperança dentro de cada casa no território sul-americano, e nós calculamos que haja por volta de 100 milhões de domicílios em todo o continente”.
Impacto Esperança 2016
Neste ano, o Impacto Esperança 2016 será realizado nos dias 14 e 15 de maio. Serão distribuídos de graça 18 milhões e 500 mil livros – 14 milhões em português e 4,5 milhões em espanhol – com o tema Esperança Viva. A autoria é do pastor Ivan Saraiva, apresentador do programa Está Escrito da TV Novo Tempo.
O livro fala sobre algumas doutrinas bíblicas consideradas polêmicas, como guarda do sábado, teologia da prosperidade, criacionismo versus evolucionismo e uso de línguas estranhas em cultos religiosos. Os temas foram escolhidos, segundo o autor, com o objetivo de alcançar pessoas que não acreditam mais em igrejas e no evangelho.
“Vivemos um fenômeno pós-moderno onde há uma superficialidade do conhecimento bíblico e um alto índice de rejeição ao evangelho. A intenção é mostrar que a Bíblia também não concorda e não aceita qualquer outro evangelho além do que ela mesmo apresenta”, ressalta ele.
Programação
No sábado, dia 14, a expectativa é de que os mais de dois milhões de adventistas que compõem as mais de 25 mil Igrejas na América do Sul sejam divididos em grupos e façam a distribuição de casa em casa.
No domingo, 15 de maio, serão promovidas Feiras de Saúde por todo o território sul-americano. Profissionais e voluntários vão atender a população de graça com aferições de pressão arterial, testes de glicemia, testes de aptidão física, dicas de nutrição e consultas com clínicos gerais. Ao final de cada procedimento, os participantes irão receber um livro missionário.
Segundo o médico Marcello Niek, diretor do Departamento de Saúde da Igreja Adventista para oito países da América do Sul, o objetivo é despertar o interesse da população pelo tema da saúde. “Queremos apresentar a proposta de saúde preventiva composta pelos 8 remédios naturais”, pontua.
Os convidados serão a população em geral, acima de 14 anos. Em alguns lugares, no entanto, haverá a Feira Kids, uma versão para crianças de todas as idades, e também a PetSaúde, uma versão para animais de estimação.
Versão digital
O livro Esperança Viva está disponível também em versão digital neste site. Para o diretor de Marketing Digital da sede sul-americana adventista, Carlos Magalhães, “a expectativa é que cerca de um milhão de downloads sejam feitos do exemplar em formato PDF”. O link também pode ser compartilhado nas redes sociais.
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domingo, 28 de fevereiro de 2016

Chineses envolvem milhares em ações de evangelização web

Representantes da comunicação adventista no país oriental mostram o funcionamento dos grupos de evangelização por redes sociais.


Eles vieram de longe, viajaram mais de 11 mil quilômetros, entre a capital chinesa e Silver Spring, perto de Washington, mas estão otimistas. O pastor Daniel Jiao, diretor de Comunicação da União Chinesa da Igreja Adventista, é um deles. Veio ao Gain, Global Adventist Internet Network, nos Estados Unidos, para motivar outros a se envolver com ações de evangelização via web. O outro que o acompanha é Zhao Rui, nomeado como evangelista da internet adventista na China.
O desafio deles é enorme. Maior do que se pode imaginar, ainda mais em um país com sofisticados meios de controle sobre o conteúdo de sites e redes sociais. A China, no entanto, é um país com muita gente conectada. Calcula-se que mais de 730 milhões de pessoas no país sejam ativos usuários de internet. A população total chega a praticamente 1 bilhão e 400 mil pessoas.
É nesse contexto que o evangelismo online adventista chinês se insere. Pastor Jiao explicou à reportagem da ASN (Agência Adventista Sul-Americana de Notícias) que os primeiros passos do trabalho foram dados em 2003, mas, em 2008, efetivamente houve um apoio financeiro maior aos projetos de ações virtuais por parte da Associação Geral da Igreja Adventista.

Rede de voluntários
O segredo do trabalho chinês é o colaboracionismo. Com uma equipe enxuta, de cerca de 20 pessoas que trabalham em tempo integral, eles entenderam que precisavam mobilizar mais gente para criar uma verdadeira rede de colaboração na tarefa de apresentar os ensinos bíblicos a mais pessoas. Treinaram e motivaram cerca de dez mil voluntários (o país conta com aproximadamente 400 mil membros adventistas) que produzem todo o conteúdo em várias partes do país. Vídeos, textos e áudios sobre diferentes temas como saúde, educação, família e testemunhos são produzidos em grande quantidade. Jiao estima que, desde o início do projeto, mais de quatro mil vídeos, por exemplo, foram feitos e disponibilizados para milhões de pessoas.
E é justamente nesse ponto que entram com maior força as redes sociais. O aplicativo chinês chamado WeChat (similar ao Whatsapp) serve de canal de distribuição das mensagens de esperança na salvação por meio de Jesus Cristo. Zhao Rui comenta que há hoje pelo menos 40 grupos dessa aplicativo com milhares de participantes que são, por fim, os multiplicadores dos conteúdos. Em alguns grupos, há 744 pessoas recebendo diariamente material para levar avante aos seus conhecidos, amigos e parentes.
Outra estratégia dos adventistas chineses é a de incluir os conteúdos produzidos em canais virtuais conhecidos como é o caso do Radio Himalaya, aplicativo de áudios desenvolvido no Nepal, mas que atende ao mundo inteiro. “A internet é o único meio que o governo não tem um controle completo ainda, por isso aproveitamos para usá-lo com força”, acrescenta o pastor Jiao. 
Equipe ASN, Felipe Lemos
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Sobre o Autor:

Jair Gomes Silva é aluno do curso de Teologia da Faculdade Adventista da Amazônia. Tem grande interece pela área da teologia histórica. Ama fazer evangelismos e ganhar almas para Cristo.