"E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará" - Jo 8:32

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Índios constroem igreja de bambu e lona em aldeia


Os índios habitam o Mato Grosso do Sul desde as primeiras décadas do século XX e são predominantes no interior desse sertão. Mas, alguns anos depois, perderam espaço de terra por conta das novas colonizações. Na década de 40, restaram a eles apenas pequenas porções de terra, cercadas por propriedades rurais ao Sul do estado. Mais de 70 anos depois, esse pedaço de chão indígena, a 200 quilômetros da capital, Campo Grande, receberia uma mensagem que mudaria para sempre a história do povo Kaiwá. Alguns deles resolveram construir uma congregação adventista inteiramente de Bambu na cidade de Douradina.
A Lagoa Rica tem quase mil índios da etnia Kaiwá e está dividida entre dois assentamentos. Ali, em março desse ano um trabalho evangelístico adventista começou a ser realizado. “Eu cheguei ao Mato Grosso do Sul no início do ano e me falaram sobre um trabalho que havia começado na aldeia, decidi, então, seguir adiante com a missão”, relata a evangelista Solange de Araújo, natural do Pernambuco.
No começo, no entanto, o trabalho não foi fácil. “Grande parte dos indígenas ali não aceitavam nenhum tipo de religião ‘de branco’, mas, por meio de uma família que se interessou, começamos então a receber semanalmente um número cada vez maior de índios interessados no estudo da Bíblia”, diz.
Igreja de bambu e lona
A primeira cerimônia adventista na aldeia aconteceu no mês de julho, com 11 batismos. Já o segundo batismo aconteceu no final do mês de novembro, quando outros 13 indígenas foram batizados.
“O sentimento é inexplicável, porque em meu coração foi a confirmação de que existe a influência de uma pessoa para outra e quando o assunto é o evangelho não existem barreiras”, emociona-se Ariel Tenório, pastor responsável pelo batismo dos indígenas.
Em oito meses de trabalho missionário, 24 índios foram batizados e passaram a frequentar a igreja assiduamente. “Depois dos batismos, faltava um lugar para realizar os cultos e dar continuidade ao trabalho. Então, os índios levantaram uma igreja adventista na aldeia, construída de bambu e lona. Atualmente 30 membros frequentam o local, 24 deles já batizados”, comenta Solange entusiasmada.
Os cultos acontecem semanalmente na pequena igreja na aldeia. E, a cada sábado, os membros da igreja de Douradina se revezam para realizar o sermão e dar a assistência necessária aos novos membros. “Eles têm uma sede muito grande em aprender mais sobre a Bíblia. Para nós, foi uma surpresa muito boa, porque é diferente de tudo o que já fizemos”, lembra o pastor da igreja em Douradina, João Primo.
O trabalho realizado exigiu comprometimento do grupo. “Visitei a aldeia e assentamento e conheci a família do índio Elizeu de Assis. Por meio dessa família, outros índios se interessaram e, assim, tudo foi acontecendo. Ou seja, os batismos e a igreja. Agora, com todos os estudos bíblicos concluídos, nossa meta é capacitá-los para que liderem a igreja e deem continuidade ao trabalho missionário em sua própria língua”, celebra Solange.
Culto no idioma Kaiwá
Os indígenas falam português, mas entre eles há o hábito de conversar no idioma Kaiwá, próprio da etnia. Na última semana, por exemplo, até o culto na aldeia foi dirigido nesse idioma. E para eles o sentimento não é diferente. “Eu acho que a volta de Jesus é uma luz para o mundo e hoje que vivo nesse caminho, tenho paz, harmonia e felicidade”, conta Aldo Garcia, indígena Kaiwá, batizado em Julho de 2015.
Aldo é genro de Elizeu de Assis, patriarca da primeira família indígena a aceitar o estudo bíblico na aldeia Lagoa Rica. A esposa, Stefany de Assis, endossa a felicidade do novo estilo de vida da família. “A minha vida ficou muito mais tranquila com Jesus. Antes eu ficava doente muitas vezes e sentia dor de cabeça o tempo todo. Depois que estudamos a Bíblia tudo mudou pra mim e pra minha família, cuidamos melhor da nossa saúde e hoje temos paz”, resume.
Equipe ASN, Rebeca Silvestrin
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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Evidência do Criacionismo: Água subterrânea cobriria toda a superfície do planeta


Quando se fala em dilúvio de Gênesis, uma das primeiras perguntas que surgem é: como pode ter havido tanta água para cobrir toda a Terra? Nada como uma pesquisa depois da outra. Pesquisadores canadenses publicaram na revista científica Nature Geoscience o resultado de um estudo segundo o qual o volume total de água armazenada no subsolo do planeta é de 23 milhões de quilômetros cúbicos. Isso seria suficiente para cobrir toda a superfície da Terra com uma camada de 180 metros de profundidade.
“As características dessa água antiga variam muito”, disse à BBC News Tom Gleeson, da Universidade de Victoria, no Canadá. “Em alguns lugares, é muito profunda. Em outros, não. Em muitos lugares, ela é de má qualidade e pode ser mais salina que a água do mar, além de ter metais e outros componentes químicos dissolvidos nela e que teriam que ser tratados antes de se tornar potável ou usada na agricultura.”
Na semana passada, chamou atenção a notícia de que nosso planeta teve água desde a sua criação, conforme estudo publicado na revista Science. Os cientistas sempre tentaram determinar se a água, que cobre dois terços da superfície terrestre, estava presente desde a formação do planeta ou se chegou mais tarde, quem sabe a bordo de um cometa ou meteorito. Pesquisadores da Universidade do Havaí descobriram que rochas da ilha de Baffin, no Canadá, contêm indícios de que a água faz parte da Terra desde o início.
E agora a notícia de que existe água em nosso planeta capaz de cobrir toda a superfície em uma profundidade de quase 200 metros ajuda a reforçar o modelo criacionista segundo o qual a água é tão antiga quanto a Terra e que em um momento da história todo o planeta, que então não tinha montanhas tão altas quanto as que existem hoje, foi completamente coberto por água.
Nesse momento, pelo menos dois textos bíblicos vêm à mente dos estudiosos do assunto. “No princípio criou Deus o céu e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus Se movia sobre a face das águas” (Gênesis 1:1, 2). “No dia em que Noé completou seiscentos anos, um mês e dezessete dias, nesse mesmo dia todas as fontes das grandes profundezas jorraram, e as comportas do céu se abriram” (Gênesis 7:11, Nova Versão Internacional).
Mais uma vez parece que a ciência experimental e a Bíblia Sagrada estão de mãos dadas.
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terça-feira, 17 de novembro de 2015

domingo, 15 de novembro de 2015

Atentados em Paris, no dia 13 de Novembro


O banho de sangue ocorrido nesta sexta-feira à noite, 13, em Paris, capital da França, deve tomar conta das conversas e noticiários nas próximas semanas. Para quem ainda não leu qualquer tipo de informação, pelo menos três atentados orquestrados e coordenados ocorreram na cidade com a morte, até agora confirmada, de cerca de 127 pessoas.
De acordo com a Procuradoria de Paris, há, ainda, cerca de 200 feridos, sendo 80 em estado grave. Todos os ataques foram em locais de grande concentração de pessoas: bares, restaurantes, uma casa de shows e o estádio nacional Stade de France. Oito terroristas foram mortos, sendo que sete teriam detonado cinturões com explosivos antes de serem atingidos pela polícia, informou a agência de notícias francesa AFP. O Estado Islâmico assumiu a autoria dos atentados.
O presidente da França, François Hollande, decretou situação de emergência no país e fechou as fronteiras. Já há algumas manifestações oficiais a respeito das possíveis razões para esses ataques e uma delas é a de que as mortes ocorreram como retaliação pelo fato e a França ter realizado alguns bombardeios recentemente na Síria tendo como alvo o combate a forças do Estados Islâmico (EI).
Algumas autoridades já se manifestaram oficialmente, ofereceram condolências e evidentemente condenaram os ataques. Os adventistas do sétimo dia, por exemplo, por meio do presidente da Igreja nessa região da Europa, Mario Brito, expressaram sua solidariedade ao povo francês. O próprio líder mundial da Igreja, pastor Ted Wilson, lançou em seus perfis de rede social um movimento intitulado #PrayforParis com a intenção de motivar as pessoas a intercederem pelas famílias das vítimas e pela população em geral que continua vivendo os efeitos do terror após os ataques propriamente ditos.
Para pensar
Esse episódio lamentável me fez refletir acerca de algumas coisas, principalmente quando o faço sob o ponto de vista bíblico. E é essa minha proposta aqui nesse espaço. Não quero e nem me proponho aqui abordar a motivação de quem cometeu essa barbárie, mas tentar compreender o que está por trás disso tudo conceitualmente. Pensemos no seguinte:
  1. A vida humana está cada vez mais sem valor. Em Mateus 24:12, Jesus é enfático sobre uma das características da sociedade nos últimos tempos: “devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará”. Esse esfriamento do amor não implica apenas um desgosto ocasional ou uma pálida demonstração de egoísmo. É impossível avaliar completamente até onde vai o ser humano quando o amor de Deus não faz parte da sua vida! No livro de Jeremias, está registrado, no capítulo 19, um pouco do que o povo, sem o temor de Deus e afastado do Seu amor, acabou cometendo. Chegaram a ponto de oferecer os próprios filhos em sacrifício. Algo impensável, não é? Mas quando os freios morais somem, por conta da falta da genuína ação do amor divino na vida, tudo pode acontecer. Para Deus, a vida humana precisa ser preservada. Não usada como moeda de troca ou barganha para fins pessoais ou ideologias alicerçadas na ganância, vaidade ou orgulho próprio.
  1. A crise moral chega a um ponto insustentável e necessita de uma intervenção urgente – Vivemos uma crise moral, portanto, e de ética também. O renomado especialista em Ética, com formação em Direito e Jornalismo e professor universitário, Clóvis de Barros Filho, afirmou em um vídeo que “moral é o que não faríamos de jeito nenhum, mesmo que não tivesse ninguém olhando, mesmo que fôssemos invisíveis”. Eu acrescentaria que não faríamos, também, sabendo que Deus está nos vendo. E o que significa dizer que chegamos a esse nível insuportável de crise moral? Significa que precisará, em algum momento, uma intervenção sobrenatural divina para impedir que mais barbáries sejam cometidas. Mesmo as que parecem ter as argumentações mais fundamentadas, as razões mais “plausíveis”. Alguém, superior a nós, precisa colocar um ponto final naquilo que o ser humano faz pensando unicamente em si mesmo e no que ele considera o melhor.
  1. O terrorismo não é um problema de segurança pública ou meramente social; é um problema de origem mais profunda na vida do ser humano – O efeito que ações de terrorismo, como o que se viu em Paris ontem, tem é o de justamente criar mais do que insegurança. É promover o terror, o medo, a desconfiança entre as pessoas. Vai além de uma questão social. Ao que parece, não se explica apenas por conta de conjunturas sociais favoráveis, ou por questões de estratégia geopolítica, mas tem a ver com o que de mais profundo existe no ser humano. Claro que um ambiente potencializa o que de pior ou melhor as pessoas possuem. Mas individualmente elas possuem uma responsabilidade sobre a maneira como agem, como vivem, como pensam. E isso tem viés espiritual em última instância. Terrorismo nasce em uma sociedade onde os valores, dos indivíduos, estão deturpados quanto ao respeito e ao amor pelos outros. Sociedade não é um ente independente, é o conjunto das pessoas.
Não esgoto aqui todos os aspectos relacionados ao assunto, mas creio que podemos partir dessa reflexão para algo maior. Deus tem muito amor por nós. E eu, depois de mais essa demonstração de desamor na França, sou impelido a me submeter mais ao Senhor para que Ele coloque dentro de mim o verdadeiro amor, não egoísta, não interessado em minhas próprias ideologias, não espelhado por aquilo que a sociedade crê que é o melhor.
Eu preciso que o amor de Deus não se esfrie em minha vida! Aliás, nós todos precisamos!
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Sobre o Autor:

Jair Gomes Silva é aluno do curso de Teologia da Faculdade Adventista da Amazônia. Tem grande interece pela área da teologia histórica. Ama fazer evangelismos e ganhar almas para Cristo.