Como entender a “nova aliança” (Mt 26:28) e o “novo
mandamento” (Jo 13:34) no contexto de um Deus imutável (Ml 3:6)?
Para
responder a essa pergunta tão interessante e intrigante vamos analisar os
textos originais das Escrituras Sagradas e também um pouco do seu contexto.
Em
grego, diferentemente do português e outros idiomas, existem várias palavras
para “simplificar” a interpretação. Por exemplo: usamos a mesma palavra para
representar algo recém criado ou algo restaurado em português (NOVO). Mas em
grego existem duas palavras que podem ser traduzidas como novo. Néos que significa algo recém criado e kainós que transmite a ideia de uma
restauração em algo já existente.
Vamos
analisar o caso do novo mandamento primeiro.
Quando
foi que esse mandamento foi apresentado pela primeira vez? Foi, ainda, nos
tempos de Moises (Veja Lv 19:18). O mandamento original (neós) diz: “amarás o
teu próximo como a ti mesmo”. Mas Jesus deu uma nova interpretação a esse
mandamento (kainós) dizendo: “ameis uns ao outros [ou amaras o teu próximo]
como eu vos amei [não mais com o amor que você tem por você mesmo, mas
semelhante ao amor que tenho por você]” (João 13:34, o texto entre colchetes é
a explicação).
E
quanto a nova aliança?
O
princípio é o mesmo. Nova (kainós) aliança porque a aliança antiga exigia morte
de animais e a nova exigia a morte do próprio Deus para redimir os pecados da
humanidade.
Nos
dois casos não houve uma “anulação” do anterior para existir um novo. E sim uma
nova forma de fazer/interpretar o antigo.
Deus
sempre foi imutável e sempre será. A única coisa que Ele deseja mudar é a nossa
natureza pecaminosa por uma natureza santa.
Permita
que o Senhor possa mudar você!
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