"E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará" - Jo 8:32

sábado, 25 de agosto de 2018

Escolas particulares adotam livros didáticos da Casa Publicadora Brasileira

Desde que surgiu há mais de 120 anos em Curitiba, a Rede de Educação Adventista não parou de se expandir e figura atualmente entre as maiores redes de ensino privado do Brasil, com mais de 480 unidades. Diversos fatores são atribuídos a tal crescimento: educação cristã; modelo de gestão eficiente; tradição e ensino integral são alguns deles. A proposta pedagógica adotada trabalha as dimensões físicas, mentais e espirituais do estudante, com resultados comprovados por diversas gerações.
Além das escolas adventistas, há, também, um interesse de outros grupos educacionais em adotar a proposta pedagógica, que tem uma linha exclusiva de materiais didáticos desenvolvidos para atender às demandas da rede. A Casa Publicadora Brasileira (CPB), editora da Igreja Adventista do Sétimo Dia, responsável por produzir os livros didáticos e paradidáticos para todos os níveis de ensino da educação básica, aumenta o atendimento a outros centros de ensino que optam por adotar o mesmo modelo.
“Atualmente atendemos 648 escolas, um número muito expressivo. Para se ter uma ideia, em nível comparativo, é uma quantidade maior do que toda a rede estadual do Espírito Santo, por exemplo. Dessas unidades, 164 são instituições que não fazem parte da rede adventista de ensino, mas que se identificam com nossa filosofia educacional. Essa é uma forma de divulgar os valores cristãos além dos limites das nossas escolas”, destaca Alexander Dutra, gerente da CPB Educacional.
Uma dessas unidades educacionais que utiliza o material didático adventista é a Escola do Pensar, em São Paulo (SP), que há mais de 30 anos educa seus cerca de 1.000 alunos com os livros da CPB Educacional em todos os níveis do ensino básico.  “Eu sempre fui muito exigente com o material didático e, de todos os que conheci, o da CPB é o melhor”, analisa Guy José Leite, diretor da instituição, que aponta a abordagem criacionista como grande diferencial da proposta.
Outra instituição que utiliza o material é o Colégio Portinari, de Boituva (SP). A escola oferece opções da educação infantil ao ensino fundamental e, no processo de seleção dos títulos didáticos, “o que chamou a atenção foram os valores que o material da CPB proporciona, dando auxílio à educação”, argumenta Renata Marcondes, diretora administrativa da escola. Esse crescente interesse pelas propostas da CPB Educacional ajuda a levar a filosofia adventista de ensino a mais estudantes.
Construção de novas parcerias
Vídeo resume o trabalho com livros didáticos:
Uma das ações praticadas para aprimoramento didático e ampliação de negócios é o treinamento constante, a atualização de conteúdos e qualificação de colaboradores com as questões emergentes da educação. Por isso, foi realizado entre os dias 12 e 14 de agosto, no Hotel Bourbon Ibirapuera (São Paulo), o Encontro de Divulgadores. O evento reuniu representantes e interessados no material com intuito de analisar tópicos importantes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
“Um espaço como esse mostra quão antenados estamos com relação às mudanças que o governo vem propondo na educação como um todo, principalmente no que diz respeito à Base e os impactos que ela traz no dia a dia da escola, e lógico, nos nossos livros”, destaca Rerison Alfer Vasques, gerente assistente da CPB Educacional. Mara Solange, assistente administrativa do selo, complementa: “estamos levando um material completo, atualizado, moderno e que carrega os valores da educação adventista a milhares de estudantes”.
E são exatamente os valores cristãos que despertam o interesse de tantas instituições de ensino em todo o Brasil. “Ao ter contato com centros de ensino que utilizam nossa proposta, algo que me surpreendeu foi como as pessoas amam o nosso material. Falando da minha região, outra coisa que me chamou muita atenção é que quase 100% das escolas que atendo adota o livro de ensino religioso”, enaltece Elisângela Peixoto de Almeida Souza, divulgadora da CPB Educacional na Bahia.
A produção de livros didáticos adventistas foi iniciada há 35 anos, em 1983. Hoje são disponibilizados 102 títulos didáticos e 202 paradidáticos, o que resulta em quase 50 milhões de unidades impressas, que chegam a mais de 220 mil alunos em todos os estados do Brasil e, também, a nações como EUA, Argentina, Espanha e Coreia do Sul.
(Notícias Adventista)
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Quebrando o Silêncio: Campanha pede mais diálogo para prevenção do suicídio

Que o suicídio é um assunto preocupante, disso praticamente ninguém discorda. Mas o tema tem se tornado ainda mais grave quando se pensa nos jovens. Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, 800 mil pessoas cometeram suicídio em 2015. Isso equivale a um caso a cada 40 segundos. A maioria deles envolve jovens entre 15 e 29 anos, sendo a segunda maior causa de mortes nesta faixa etária.
Psicólogos ressaltam que 80% desses indivíduos enviam sinais em busca de ajuda, e que 90% dos casos poderiam ser evitados com mais atenção por parte de pessoas próximas e ações de prevenção mais efetivas. Para atender a essa necessidade, acontece neste sábado (25) o projeto Quebrando o Silêncio, iniciativa da Igreja Adventista mundial, de cunho educativo, que desde 2002 promove ações contra a violência e em favor da vida.
O suicídio foi eleito tema do ano considerando-se o crescente índice de casos pelo mundo. No sábado, igrejas adventistas em todo o Brasil realizarão palestras e passeatas para conscientização e prevenção do problema, além de feiras com atendimento psicológico gratuito.
Dentre os materiais da campanha, a revista Quebrando o Silêncio traz artigos em diversas perspectivas sobre o tema; os mais de 900 mil exemplares impressos serão distribuídos para a população, além de ser disponibilizada uma versão digital.
Para participar de alguma das ações basta procurar uma igreja adventista próxima por meio do site encontreumaigreja.com.br
Informações e materiais da campanha estão no site quebrandoosilencio.org
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domingo, 19 de agosto de 2018

A Cidade que não tem Cemitério

Resultado de imagem para nova jerusalém celestial

Quando eu tinha uns 9 anos, fiz uma viagem – a minha primeira e grande viagem – e me dirigi com a minha mãe para a cidade de Montenegro, no RS, onde estudei num internato por 6 anos. Era uma cidade atrativa, lindas paisagens, e havia como até hoje uma grande e elevada montanha que adornava aquela cidade. Mas aquela cidade tinha um lugar triste chamado cemitério.

Aos 15 anos já com o diploma do curso ginasial ou fundamental, minha mãe me colocou num ônibus, eu não tinha experiência com viagens muito longas, e depois de uns dias cheguei à cidade de S. Paulo, conheci a grande metrópole, o seu movimento, os grandes arranha-céus, mas logo descobri que S. Paulo tinha cemitério, e não somente um, mas muitos cemitérios.

Daí para frente, conheci muitas outras cidades, cidades famosas, grandes capitais, como Brasília, Recife, Belém, Manaus, Salvador; conheci muitas cidades da Bahia, de norte a sul: Alagoinhas, Itabuna, Floresta Azul; conheci a cidade maravilhosa do Rio de Janeiro, com suas praias maravilhosas, com seus lindos atrativos turísticos, com o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor.

Mas sabe o que eu ainda não encontrei? Uma cidade que não tem cemitérios. Ando à procura de uma cidade que não tenha cemitérios; eu ainda não achei. Você já encontrou? Pode me falar que eu quero conhecer.

Hoje eu quero falar a você de uma Cidade que não tem cemitério nenhum, a cidade dos meus sonhos.

O patriarca Abraão – ele era o pai da fé e pai de todos os que crêem nas promessas de Deus, e ele andava como um peregrino aqui nesta Terra, e andava mesmo sem saber aonde ia, mas procurava uma cidade sem cemitério, porque "aguardava a Cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador." (Heb. 11:10)

Com efeito, a Cidade que Deus nos preparou, a Cidade de ouro e cristal não terá cemitérios. Lemos em:
Apoc. 21:2-4 – "E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo. E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas."

Todos quantos entrarem pelas portas da Cidade de Jerusalém celeste nunca mais verão a morte, porque a morte já não existirá, porque nesta Cidade não haverá cemitérios, já não haverá luto: ninguém vai se vestir de preto, mas de vestes brancas, que são símbolo de vitória.

O apóstolo Paulo escreve sobre essa inexcedível vitória. Notem as sua palavras em: I Cor. 15:54, 55 – "Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?"

Quando o almirante Nelson travou a batalha contra a esquadra francesa, no rio Nilo, o almirante Nelson abateu os seus inimigos franceses numa derrota esmagadora, e ele impressionado com isso, disse: "A palavra vitória não é suficientemente grande para descrever o importante acontecimento." (MM, 1966,14).

Quando o Senhor Jesus Cristo vier na Sua glória e majestade, quando Ele chamar os mortos e transformar os vivos, "quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade", então a palavra vitória será pequena demais para descrever o acontecimento.

E quando todos os justos de todos os tempos se reunirem numa grande e inumerável multidão, e atravessarem os portais da Cidade Eterna, a Cidade que não tem cemitérios, então a palavra vitória não será suficientemente grande para descrever a ocorrência.

É por isso que S. Paulo disse noutra parte que nós somos mais do que vencedores por Aquele que nos amou. É uma vitória tão grande, é uma super vitória, é algo tão maravilhoso que a língua humana não poderá jamais descrever. Porque: "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano, o que Deus tem preparado para aqueles que O amam." (I Cor. 2:9).

I – DESCRIÇÃO DA CIDADE 
Mas como será a Cidade Eterna, como será a Cidade que não tem cemitérios?

1) A Bíblia diz que a Nova Jerusalém será construída de ouro puro, semelhante a vidro límpido. (Apoc. 21:18). Portanto, será uma cidade muito rica. Os homens que a contemplarem nunca viram tanto ouro na sua vida. A visão da Cidade de Ouro parece vidro cristalino.

2) A Bíblia diz ainda que a cidade terá a glória de Deus; e por isso, o seu fulgor, o seu brilho será semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina. (21:11).
E se a Cidade terá a glória de Deus, não precisa nem do Sol nem da Lua para lhe darem claridade. A refulgente glória de Jesus Cristo será a lâmpada fará iluminar a cidade de cristal (21:23). Ele é chamado o Sol da Justiça, e o Seu fulgor encherá toda a Cidade.

3) A Bíblia diz, em 3º lugar, que a Cidade não terá santuário, e dá uma razão lógica: porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro, Jesus Cristo.
O santuário terrestre era símbolo do lugar da habitação de Deus. Por causa do seu pecado, Adão e Eva foram expulsos da presença de Deus. Quando, porém, o pecado for removido, a igreja será de novo capaz de habitar na Sua presença, e nenhuma estrutura será necessária para simbolizar a habitação de Deus.

4) A Cidade de Jerusalém celestial estará adornada também de todos os tipos de pedras preciosas, lindas, raras, jamais vistas pelos mortais.
Haverá 12 portas nos muros da Cidade, e cada porta será feita de pérola, cada uma das 12 portas será uma só pérola.
A praça central da Cidade é de ouro, semelhante a vidro transparente. (21:21).

5) O trono de Deus estará no centro da Cidade eterna, e do trono sai o rio da água da vida, brilhante como cristal, e de uma a outra margem desse rio, está a árvore da vida, que produz 12 espécies de fruto, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore terão valor de preservar a saúde dos povos. Todos quantos beberem da água da vida, todos que comerem do fruto da árvore da vida participarão da vida eterna, uma vida que se compara com a vida de Deus.

De uma lua nova a outra – de mês em mês – os remidos visitarão a Cidade e comerão dos 12 tipos de frutos da árvore da vida, e beberão a água cristalina.

E diz o profeta que de sábado em sábado virá toda a humanidade para adorar o Rei da glória, Jesus Cristo. Esse foi o dia que Ele criou para a nossa adoração a Deus, para que nós descansássemos de nossas atividades, nossos trabalhos, e nos dirigíssemos a um encontro com o nosso Criador, a fim de recebermos mais de Sua Santidade e Perfeição. E isso continuará por toda a eternidade, lá nos Céus (Isa. 66:23).

Certa vez uma menina estava passeando com o seu pai, era noite, uma noite estrelada, e a menina olhou para aquele céu estrelado, e ficou tão encantada que disse: "Papai, se o céu é tão belo do lado de cá, como não será do outro lado!?"

Está é uma grande verdade: a Cidade Eterna, a habitação de Deus e do Seu povo será tão linda, o Céu dos céus será tão belo que a língua humana não tem palavras para descrever!

II – NOVOS CÉUS E NOVA TERRA 
Mas onde será localizada a Cidade celestial?

O apóstolo João disse que a viu descer do Céu à Terra (Apo. 21:2), e o profeta Zacarias disse que o monte das Oliveiras se dividirá ao meio, (Zac. 14:4) tornando-se numa grande planície para receber a Cidade eterna. Este mundo será transformado para receber a cidade celestial.

A) TEMOS A GLORIOSA A PROMESSA
O apóstolo Pedro nos lembra a promessa da transformação do nosso velho mundo, o que lemos em 2Ped. 3:13 – "Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça."
Deus prometeu, e é fiel Aquele que prometeu restaurar todas as coisas e renovar a nossa Terra.

B) COMO SERÁ A NOVA TERRA?
Como se tornará essa Terra, depois da transformação?
Ezeq. 36:35 – "E dirão (os remidos): Esta terra que estava assolada tem-se tornado como jardim do Éden; e as cidades solitárias, e assoladas, e destruídas, estão fortalecidas e habitadas."

A Bíblia diz que o fogo de Deus descerá do céu e purificará esse globo, eliminando pecado e pecadores, e então Ele fará surgir das cinzas desta Terra um maravilhoso Paraíso, no qual haverá justiça.

Um mundo completamente restaurado, todo florido, semelhante e até mais belo que o jardim do Éden. Os desertos serão revestidos de linda folhagem e encantadora vegetação, o ermo florescerá abundantemente como a rosa e o narciso (Isa. 35:1). Disse o profeta: "Florescerá (a Terra) abundantemente, jubilará de alegria e exultará; deu-se-lhes a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Sarom; eles (os justos) verão a glória do SENHOR, o esplendor do nosso Deus."

Ou seja, esta Terra será transformada no Céu, habitação do próprio Criador. Esta Terra renovada será "o Tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles." (Apo. 21:3). E como poderia ser diferente, se Ele deu o Seu próprio Filho Jesus Cristo, que por Sua vez nos ofereceu graciosamente a Sua gloriosa vida, morrendo por nós pecadores, derramando o Seu preciosíssimo sangue nesta Terra, e tornou-Se em nosso excelso Redentor e Salvador, resgatando este planeta por toda a eternidade? Não seria este planeta transformado no próprio Centro do Universo, tendo a Cruz de Cristo como o Seu mais poderoso argumento?

C) E AS CONDIÇÕES DE VIDA?
Como nós viveremos nessa Terra, nesse Paraíso, que terá também muitas cidades fortificadas e cuja capital será a Nova Jerusalém – sim, como viveremos?

1) A Bíblia diz que eterna alegria, felicidade imortal, e cada vez mais intensa será a sorte de todos quantos herdarem o Céu (Isa. 35:10).
Haverá felicidade completa, indizível; nós não veremos a dor, as lágrimas, o luto e a morte, e o sofrimento. O pecado, que é o causador de tudo isso, não mais erguerá a sua hedionda cabeça. "Não se levantará por duas vezes a angústia". (Naum 1:9). Haverá alegria, gozo, felicidade, exultação eterna.

2) Lá no Céu, nesta Terra renovada, nós teremos a feliz companhia de animais que serão lindos, mas não serão ferozes: o leão, o lobo, o leopardo, o elefante, e todas as belas criaturas de Deus. Eles serão os nossos companheiros no Céu; nós gostaremos de brincar com eles. (Isa. 11:6). Aqui está o ideal de Deus: beleza sem ferocidade, sem violência, mas plena harmonia em toda a Sua criação.

3) Nós sabemos que uma das condições de felicidade mesmo aqui nesta Terra é o trabalho. E lá no Céu nós também teremos atividade; Ninguém viverá em ociosidade. Os justos "edificarão casas", casas do mais caro e precioso material, "e nelas habitarão"; "plantarão vinhas, e comerão do seu fruto", e também de toda a espécie de árvores frutíferas (Isa. 65:21).

4) Também teremos estudo lá no Céu. Todos os remidos serão ensinados do Senhor Jesus, e toda a Terra se encherá do conhecimento de Deus, como as águas que cobrem o mar. (Isa. 54:13; 11:9).

Lá poderemos conhecer os mistérios do microcosmos e do macrocosmos, da Química, da Física, da Astronomia, e de todas as ciências, e particularmente da Ciência da salvação. Nossas faculdades espirituais se ampliarão cada vez mais, pelos séculos da eternidade, e o conhecimento de Deus nunca se esgotará. A Cruz do Calvário será a maior Ciência que ocupará a nossa atenção e será o mistério a ser estudado para todo o sempre.

5) Lá os santos conhecerão como eles são conhecidos. Lá nós poderemos nos reconhecer. Teremos o nosso nome, teremos a semelhança que nos possibilitará o reconhecimento (1Cor. 13:12). Lá nós veremos Abraão, Isaque, Jacó, e todos os patriarcas, profetas e apóstolos, e também o próprio Adão ao lado de Eva.
Lá nós reconheceremos os nossos familiares, mas a nossa maior alegria será reconhecer a Jesus Cristo, contemplar o nosso Salvador, Aquele mesmo que morreu por nossos pecados, que deu a Sua vida para que nós pudéssemos entrar na Cidade eterna.

APELO 
– Mamãe, – disse uma meninazinha – meu professor da classe bíblica me disse que este mundo é apenas um lugar em que Deus nos deixa viver por algum tempo, para que nos preparemos para um mundo melhor. Mas, mamãe, não vejo ninguém se preparando. Eu vejo a senhora aprontar-se para sair de férias, e a tia Elisa se preparando para vir passar uns tempos conosco. Mas não vejo ninguém aprontar-se para ir para lá. Por que não tratam de se aprontar? 

Quando morreu o patrão de Benjamim, disseram-lhe que ele havia partido para o Céu. Benjamim sacudiu a cabeça, dizendo:
– Receio que o patrão não foi para lá...
– Mas, por que, Benjamim? – perguntaram.
– Porque, quando o patrão ia para o interior, ele falava disso já muito tempo antes, e se aprontava. Mas eu nunca o ouvi falar acerca de ir para o Céu; nunca vi que ele se preparasse para o Céu.
Meu amigo, eu estou fazendo planos para estar lá; eu desejo muito as moradas eternas. Já dei a minha vida para o serviço de Deus.
Você gostaria de entrar lá?
– "Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas", a Cidade que não tem cemitérios, porque abriga redimidos enquanto o eterno Deus existir. (Apoc. 22:14).


Feito por:
PR. ROBERTO BIAGINI Teólogo, Mestre em Teologia. Realizou vários cursos de Extensão Teológica da Andrews University e do Centro de Educação Contínua da DSA. Trabalhou como distrital de várias igrejas do centro, norte e sul do país. É casado com a Profª. Silvane Luckow Biagini, e tem dois filhos, Ângela e Roberto.
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sábado, 18 de agosto de 2018

Em novo documentário, reconhecido cientista compartilha razões para sua fé

John Walton, professor de química da Universidade de St. Andrews, especialista em radicais livres, durante entrevista para o último episódio da série patrocinada pelo Instituto de Pesquisa de Geociências (Foto: Reprodução)
John Walton, professor de química da Universidade de St. Andrews, especialista em radicais livres, durante entrevista para o último episódio da série patrocinada pelo Instituto de Pesquisa de Geociências (Foto: Reprodução)
Um novo documentário, com o professor de química da Universidade de St. Andrews, John Walton, destaca a visão de um reconhecido cientista sobre as origens da vida.
Se você já ouviu falar de “radicais livres”, então sabe algo sobre o trabalho de Walton, professor universidade escocesa. Seu trabalho se concentra não apenas nas reações químicas destrutivas que vêm à mente quando a maioria das pessoas pensa em radicais livres, mas também em seus efeitos positivos. Ele também estuda o potencial dos radicais livres na química industrial e ambiental.
Os especialistas disseram que o que se sabe sobre os radicais livres por causa da pesquisa de Walton e outros químicos também pode ajudar a compreender como a vida surgiu.
Baseado em sua vida como cientista e na pesquisa que fez, o que Walton acredita ser a explicação mais razoável da origem da vida? Esse é o tema de um novo episódio de 22 minutos da série Seeking Understanding, disponível em inglês no site do Instituto de Pesquisa de Geociências.
Reforço para a fé
O diretor de comunicação da Igreja Adventista para parte da Europa e países nórdicos, Victor Hulbert, organizou uma exibição prévia desse episódio de Seeking Understanding no Newbold College of Higher Education em Binfield, Inglaterra.
“Tivemos presente um público desafiador e curioso”, explicou Hulbert no final da pré-estreia. “A juventude cristã hoje quer entender a fé e as origens, e precisa ouvir como cientistas de ponta como Walton desenvolveram seu senso de admiração pela criação de Deus.”
Hulbert acredita que um filme como esse é crucial, especialmente para os jovens e acadêmicos. “No mundo moderno de hoje, onde as pressões do secularismo são imensas — tanto na educação quando na mídia — , filmes como este são essenciais para o desenvolvimento da fé de nossos jovens”, reforça.
“Não consigo pensar em um filme melhor para marcar três meses até o Sábado da Criação”, avalia Timothy Standish, cientista sênior no Instituto de Pesquisa de Geociências em Loma Linda, Califórnia. Standish é o produtor da série Seeking Understanding. O Sábado da Criação é um dia anual para os adventistas do sétimo dia em todo o mundo destacarem sua fé na visão bíblica das origens e da criação.
Cientistas adventistas, como Standish e outros, acreditam que filmes como o de Walton são poderosamente afirmadores da fé. “Nas mãos de pastores e leigos adventistas altamente treinados e dedicados, filmes sobre cientistas que acreditam na Bíblia constituem uma ferramenta formidável para apoiar a missão da Igreja onde Deus nos colocou como Suas testemunhas”, afirmam eles.

Fonte: Noticias Adventistas
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Voluntários criam escola técnica no interior do Amazonas

Voluntários ajudam a construir dormitórios e capela. Foto: Arjay Arellano – ADRA Internacional
À primeira vista, Nova Jerusalém não é diferente das incontáveis vilas que surgem nas ribanceiras do corredor labiríntico do Rio Amazonas, no Brasil. Assim como suas vilas vizinhas, o povo de Nova Jerusalém vive uma existência difícil entre as ribanceiras das águas dos remotos afluentes e as copas invasoras da densa floresta. Assim como suas vizinhas, as famílias dispersas dessa pequena comunidade não têm acesso a recursos como água potável, modernos cuidados de saúde e telecomunicações.
Mas Nova Jerusalém é diferente das outras incontáveis vilas do estado do Amazonas. A área distante na qual a comunidade foi construída não é mais apenas uma selva e casas dispersas. Graças ao novo complexo escolar construído à margem do rio, essas famílias têm uma porta aberta para um mundo muito além da floresta.
De 8 a 22 de julho, mais de 80 alunos de seis universidades adventistas na América do Norte se uniram a 100 outros estudantes voluntários do Centro Universitário Adventista de São Paulo, Brasil, para a viagem inaugural da ADRA Connections Extreme.

Escola técnica adventista de Massauari
A Escola Técnica Adventista de Massauari (ETAM) começou com um sonho tão remoto quanto a comunidade da floresta na qual ela foi estabelecida. Quando Daniel e Naissen Fernandes, ambos enfermeiros, mudaram-se para Nova Jerusalém como missionários médicos eles pensavam apenas construir uma clínica e desenvolverem um sistema de saúde confiável, embora rudimentar. Em três anos, eles fizeram exatamente isso.
“E agora, irmãos, o que deve ser construído a seguir?”, lembra Daniel de ter perguntado aos anciãos da comunidade,
Quando os líderes adventistas locais pediram uma escola para sua comunidade, Daniel sabia que as possibilidades de sucesso eram poucas.
“Esse foi o começo do sonho”, disse ele.
A jornada para construir uma escola tomou forma primeiro com a ajuda de vários grupos missionários brasileiros e a generosidade de um arquiteto. Quando Rolf Maier visitou Nova Jerusalém, em 2014, como voluntário de uma viagem missionária, tomou conhecimento do sonho de Daniel de construir uma escola. O arquiteto inicialmente estava cético, mas, ao conhecer mais sobre o potencial para a educação, decidiu apoiar a visão de Daniel.
Ao término de sua viagem, Rolf se ofereceu para desenvolver os planos necessários para construir a escola dos sonhos de Daniel.
“Eu projetei um complexo que poderia ser construído à medida que os recursos chegassem e à medida que as missões”, disse sobre suas plantas arquitetônicas.
Nos quatro anos seguintes, foi exatamente isso o que aconteceu. Cada estágio do projeto foi atendido com o aumento do apoio dos doadores e dos voluntários de todas as partes do Brasil, incluindo a compra de uma propriedade suficientemente grande para abrigar todo um complexo educacional, com o apelo bem-sucedido feito aos voluntários de curto e longo prazo como trabalhadores e professores e com a rede cada vez mais ampla de apoio além das fronteiras brasileiras.
ADRA Connections
Quando a notícia da Escola Técnica Adventista de Massauari chegou à ADRA Connections, o braço voluntário da ADRA Internacional (agência humanitária adventista), ela ganhou uma exposição sem precedentes.
“A ADRA Connections destina-se a mostrar às pessoas nos Estados Unidos toda a grande obra que está sendo realizada na América Latina”, disse Adam Wamack, gerente da ADRA Connections. “A escola em Nova Jerusalém foi uma excelente oportunidade para se envolver com nossas universidades e apoiar a obra de nossa família brasileira”, comenta.
Wamack viu esse projeto como uma oportunidade para lançar a ADRA Connections Extreme, uma experiência missionária intensa para aqueles que buscam uma profunda imersão no trabalho voluntário e na conexão com a comunidade.
“São 30 horas de barco pelo Amazonas, e, quando você chega lá, dorme em redes por duas semanas. A ADRA Connections Extreme não é para os fracos de coração”, disse Wamack.
Apesar da natureza extrema da viagem, os alunos de toda a América e do Brasil estavam ávidos por experimentar o trabalho missionário no coração do Amazonas. Ashton Hardin foi uma dos cinco alunos da Universidade La Sierra a participar da viagem. A capelã dos alunos e presidente do corpo estudantil da Universidade La Sierra viu a experiência missionária como uma ótima forma de se reconectar com sua fé e sua comunidade global, embora os desafios físicos parecessem assustadores.
Uma escola nova na floresta
Sonho de ter uma escola técnica encravada na floresta já era antigo. Foto: Arjay Arellano – ADRA Internacional
Ao término da viagem missionária de duas semanas, o trabalho árduo de voluntários como Ashton foi recompensado: o complexo com vários edifícios estava concluído. Onde antes havia apenas uma floresta, agora há um dormitório, um refeitório, salas de aula, uma biblioteca e casas para os professores voluntários.
Bianca Santo Costa é uma das professoras voluntárias. A recém-graduada no Centro Universitário Adventista de São Paulo visitou a vila pela primeira vez em 2014, quando a escola era um sonho distante. “Quem poderia imaginar que no meio do rio, em uma comunidade sem internet ou sinal de celular, haveria uma escola tão maravilhosa quanto esta, construída inteiramente com doações e viagens missionárias?”, comenta.
As crianças já estão entendendo que agora, pela primeira vez na vida, possuem um complexo escolar completo no qual aprender. Os 44 alunos da Escola Técnica Adventista de Massauari, com idades entre 5 e 14 anos, ganharam acesso a um mundo muito maior que o mundo de seus pais.
As crianças já estão começando a sonhar. “Eu quero ser advogada”, disse Nayla, 10 anos, de Nova Esperança, uma localidade a 30 minutos de barco de Nova Jerusalém. “Eu quero defender o povo.” “Eu quero ser médico, porque poderei cuidar das pessoas”, disse Josué, também de Nova Esperança. “Eu quero agradecer a todos vocês que ajudaram a construir nossa escola.”
Agora que há uma escola em Nova Jerusalém para incentivar os alunos como Nayla e Josué, a administração de Barreirinha, localidade vizinha, concordou em apoiar a comunidade.

Fonte: Notícias Adventistas
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Após conhecer brasileiro, refugiado venezuelano estuda a Bíblia e é batizado


O venezuelano Roberto Ruiz está no Brasil há quatro meses devido à crise econômica e política que seu país enfrenta. Lá, era funcionário público, mas devido ao desemprego, a falta de alimento e medicamentos, buscou refúgio em Boa Vista, capital de Roraima. Assim que chegou à cidade, conheceu um brasileiro que o ensinou mais sobre a Bíblia. Como resultado dos estudos, decidiu entregar publicamente sua vida a Cristo através do batismo, o que ocorreu durante a Caravana do Acenda, no dia 11 de agosto.
No total, 470 pessoas entraram nas águas batismais, sendo que, 130 destas eram venezuelanos. A caravana do Acenda a Esperança, conduzida pelo pastor Luís Gonçalves, evangelista da Igreja Adventista para oito países sul-americanos, também percorreu os municípios de Rorainópolis e Pacaraima.
“A nossa Venezuela tem enfrentado muitos problemas e a falta de esperança nos tira o brilho dos olhos e a certeza de dias melhores virão para a nossa pátria. Mas a minha nova fé me apresentou que logo toda a angústia, miséria e corrupção findará, quando Cristo Jesus voltar e nos levar para o céu. A partir daí uma nova esperança nasceu em meu coração!”, destaca Ruiz, emocionado.
Mulher é batizada durante o evento em Roraima
De acordo com o responsável pela Igreja Adventista no Amazonas e Roraima, pastor Wiglife Saraiva, a mensagem do evangelho é para todos. “Dentro do nosso território temos muitos grupos sociais e eles também são acolhidos pelos adventistas. Percebemos durante a nossa caravana no Estado de Roraima que muitos refugiados e indígenas tomaram a decisão pelo batismo. É o evangelho sendo propagado para toda a raça, língua e nação”, ressalta.
Para o orador oficial do evento itinerante, pastor Luís Gonçalves, participar deste movimento foi muito impactante. “O que vimos aqui nestes dias foi uma linda festa como resultado da atuação do Espírito Santo, que tem quebrado a barreira da cultura, do idioma e até do preconceito para que mais pessoas sejam salvas para o reino de Deus”, enfatiza.
Pastor Luís Gonçalves ora pelos participantes durante uma das reuniões
Mais de oito mil pessoas assistiram compareceram às reuniões. De acordo com Maria Aparecida, uma das participantes, foram momentos de decisão ao lado de Cristo para os que decidiram ser batizados e reafirmação da fé aos que já estão há mais tempo na caminhada cristã. “Foi muito emocionante ver tantas pessoas entregando suas vidas a Cristo. E para mim foi uma renovação espiritual. Onde pude reafirmar mais uma vez o meu compromisso com Cristo”, pontua.

Fonte: Notícias Adventistas
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sábado, 11 de agosto de 2018

UM EXEGESE DE MATEUS 11:12


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Texto Bíblico:
“Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele.” Mateus 11:12

1 INTRODUÇÃO
Definição Do Problema
O texto de Mateus 11:12, quando tirado de seu contexto, pode ser mal interpretado. No texto há expressões como “tomado por esforço” e “esforçam” que podem levar o leitor a interpreta-lo como sendo apoio a crença da salvação pelas obras, ou, até mesmo, que as obras são levadas em conta no processo de salvação. Especialmente porque essas palavras foram ditas pelo próprio Cristo.

Proposito
O presente trabalho tem como objetivo buscar, por meio da hermenêutica bíblica, a melhor compreensão para o texto de Mateus 11:12. O texto será estudado exegeticamente dentro do seu contexto e língua original, para que se possa conhecer qual o verdadeiro sentido o autor desejava transmitir aos seus leitores.

Relevância Do Trabalho
A crença na salvação unicamente pela graça é defendida pela maioria dos cristãos e apresentada nos escritos do apóstolo Paulo por varia vezes, sendo a mais destacada Efésios 2:8-10 onde o autor desqualifica qualquer possibilidade de inclusão das obras nesse processo. Porém o texto que esta sendo trabalhado nessa exegese coloca em questão a temática apresentada por Paulo, e se tona mais relevando pelo fato de ter sido pronunciado em um discurso de Jesus. É de suma importância buscar uma melhor compreensão sobre o assunto, e é isso que o presente trabalho se propõe a fazer.

Limitações
Esse trabalho não será uma analise exaustiva do texto.

Metodologia
Essa é uma pesquisa de natureza bibliográfico. Para tanto, será empregado o método gramatico-histórico aplicando o princípio de que a Bíblia é sua única interprete (Sola Scripitura), e que toda a Bíblia é válida (Tota Scripitura).

2 RESOLUÇÃO DO PROBLEMA
Delimitação Da Perícope
Mateus 11:12 está na perícope Mateus 11:7-15 que trata do discurso de Jesus sobre João Batista. Isso pode ser observado por meio dos seguintes fatores: 1) Há no texto grego uma divisão em paragrafo que corresponde aos versos 7 a 15. 2) A uma indicação calar de alteração de contexto dos versos 2 a 6 onde João Batista envia mensageiros a Jesus e o discurso dos versos 7 a 15 a respeito de João. 3) Logo após, Jesus muda de assunto e passa a falar sobre as cidade e sua missão como salvador.

Tradução
WHT: ἀπὸ δὲ τῶν ἡμερῶν Ἰωάνου τοῦ βαπτιστοῦ ἕως ἄρτι ἡ βασιλεία τῶν οὐρανῶν βιάζεται, καὶ βιασταὶ ἁρπάζουσιν αὐτήν.
NVI – “Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos céus é tomado à força, e os que usam de força se apoderam dele.”
NIV – “Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus foi submetido a violência, e as pessoas violentas foram invadindo-o.” (tradução minha)
NTLH – “Desde os dias em que João anunciava a sua mensagem, até hoje, o Reino do Céu tem sido atacado com violência, e as pessoas violentas tentam conquistá-lo.”
MINHA TRADUÇÃO – “Além disso, desde os dias de João Batista até agora o Reino dos Céus é tomado por violência e os violentos se aproveitam disso.”
Fora verificado que há incoerências entre as principais traduções e o texto grego.

Critica textual
Não há variantes textuais significativas.

Contexto Histórico e Cultural
Autor: Os comentaristas mais conservadores apontam para Mateus, o discípulo de Jesus e ex-cobrador de impostos também chamado de Levi Mateus. Há estudioso que apontam que o evangelho foi escrito por um judeu anônimo no final do primeiro século em hebraico o aramaico, e só no segundo ou terceiro século havia sido traduzido para o grego. A alta critica nega plenamente que o autor tenha sido discípulo de Jesus. Mas há evidências que indicam que Mateus, o discípulo de Jesus, foi como o autor do evangelho que recebe seu nome. Nessa pesquisa ira se considerar a crença mais tradicional de que o evangelho foi realmente escrito por Mateus e em língua grega. (Conforme introdução da Bíblia de estudos Andrews).

Data:  Não há no meio acadêmico uma data bem definida para o livro. Porém, quase nenhum estudioso o considera como tendo sido escrito no segundo século, se não no primeiro. Muitos estudiosos defendem que o evangelho de Mateus foi escrito antes do ano 70 d.C, quando os romanos invadiram e destruíram a cidade de Jerusalém e o seu templo. Essa será a data adotada nesse estudo. (conforme CBASD na introdução ao livro de Mateus).

Destinatário: Provavelmente os Judeus. Ele apresenta o cumprimento das profecias do Antigo Testamento e busca apresentar Jesus como o Messias que havia sido prometido para os Judeus. Outra evidencia forte é o fato de Mateus, ao contrário de Marcos, não explicar os costumes Judaicos que menciona em seu livro. Esses argumentos têm levado alguns estudiosos a acreditar que Mateus escreveu em hebraico ou aramaico o seu evangelho, e que só no segundo ou terceiro século o livro fora traduzido. No entanto não há evidencias de que isso seja verdade. Nunca foi encontrado o autografo e não há evidencias de uma tradução no texto das copias gregas.

Circunstancia Histórica: O livro foi escrito em um período de crise para o povo de Israel. No aspecto religioso eles esperavam o messias que os livrasse da opressão causada pelos romanos. No senário político Israel estava totalmente sujeito aos ditames do maior império da época (Roma) e não tinha liberdade de escolher os próprios governantes ou ter leis próprias que contrariassem as romanas. Além disso, existem grande evidencias de que o evangelho foi escrito após a destruição do templo de Jerusalém, algo que certamente abalou a por completo a nação. Nesse contexto Mateus relata o nascimento, vida e morte do Messias, Jesus Cristo.

Elementos Culturais: Os judeus passaram por vários cativeiros por ao longo da história, conforme narrado na Bíblia. Após o seu cativeiro babilônico (que findou no quinto século) os lideres religiosos da nação colocaram em pratica um tratado teológico com o qual, eles acreditavam, não teriam mais problemas em observar as orientações divinas (os judeus acreditavam que seu cativeiro havia ocorrido como um castigo pela desobediência as leis de Deus). Esse tratado era composto de várias regras que expandiam os mandamentos. Por exemplo: Deus ordenou a observância do sábado, eles então criaram vários mandamentos do que fazer ou não no sábado. Com o passar do tempo, os judeus fugiram um pouco do que Deus os havia ensinado sobre o único método de salvação e começaram a crer que seria possível obter a salvação por méritos próprios. Para tanto, eles usaram os 613 mandamentos desenvolvidos para ampliar os dez da lei descrita em Êxodo 20, dos quais 248 eram para não fazer. Porem, se houvesse a desobediência de algum desses mandamentos era só escolher um dos outros 365 para fazer e repor o credito perdido, e um outros para ter credito extra. Um exemplo de mandamentos para fazer: ofertar no templo ou ajudar órfãs e viúvas. (Conforme apresentado pelo Dr Roberto Pereyra na Semana Teologia dia 26 de março de 2017 no auditório do residencial masculino da Faculdade Adventista da Amazônia. Texto não publicado)

Propósito e Tema do Livro: O propósito do Evangelho de Jesus segundo Mateus, como o próprio nome já diz, é contar a boa nova sobre o messias, que é Jesus Cristo, aos Judeus que estavam a muitos anos esperando a sua vinda. O livro inteiro gira em torno disso.

CONTEXTO LITERÁRIO
Gênero do Texto: Evangelho
Esboço do Livro:
1.      Prólogo: Genealogia e narrativa da infância de Jesus 1:1-2:23
a)      Genealogia de Jesus 1:1-17
b)      O nascimento 1:18-25
c)      A visita dos magos 2:1-12
d)      Fuga para o Egito e matança nos inocentes, a volta para Israel 2:13-13
2.      Proclamação do Reino dos Céus 3:1-7:29
a)      Início do Ministério de Jesus 3:1-7:29
b)      O Sermão da Montanha 5:1-7:29
3.      O ministério de Jesus na Galileia 8:1-11:1
a)      Realização dos dez milagres 8:1-11:1
b)      Escolha e envio dos doze (Missão) 9:35-11:1
4.      Histórias e parábolas em meio a controvérsias 11:2-13:52
a)      Controvérsia 11:2-12:50
b)      Várias parábolas sobre o Reino dos Céus 13:1-52
5.      Narrativa, controvérsia e discurso 13:53-17:27
a)      Dias que antecederam a sua ida a Jerusalém 13:53-17:27
b)      Ensinos para os discípulos 18:1-35
6.      Jesus na Judéia e em Jerusalém 19:1-25:46
a)      A jornada final de Jesus: entrada triunfal e discursos em Jerusalém 19:1-23:39
b)      Os ensinos escatológicos de Jesus 24:1-25:46
7.      A narrativa da Paixão de Cristo 26:1-27:66
8.      A narrativa da ressurreição e o envio 28:1-20
Fonte: feito com o auxilio da Bíblia de Estudos de Genebra

Relação com o Contexto
O texto estudado faz parte de um discurso de Jesus sobre João Batista. A Bíblia de Almeida em sua versão Revista e Atualizada (ARA) titula o toda a períco onde o texto se encontra como “o testemunho de Jesus sobre João Batista”.

Há uma passagem paralela do texto no livro de Lucas no capitulo 16 e verso 16, onde diz: “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele.” (grifo nosso). Os outros dois evangelhos não mencionam esse evento. Os editores da Bíblia ARA atribuem o mesmo titulo para o texto de Lucas.

Mateus não escreveu nenhum outro livro do Novo Testamento, e não usa expressões semelhantes no resto de seu livro. Lucas escreveu o seu evangelho e o livro de Atos dos Apóstolos, porém não faz uso desses mesmos termos em nenhum outro lugar.

Não existem outras citações em todo o Novo Testamento onde Jesus pareça defender a salvação pelas obras. Pelo contrário, há textos onde Ele expressa claramente: "a tua fé te salvou."  Mateus 9:22.

Analise Gramatical
A palavra traduzida como força é βιάζεται. Literalmente significa "forçar passagem” ou “entrar forçosamente". Não resta dúvidas de que a passagem fala sobre o uso da força.

Porém há uma palavra muitas vezes esquecida pelos tradutores que desejo analisar. A palavra é δὲ. Ela aparece suprimida na maioria das traduções mais faz grande diferença. O início do veros pode ser traduzido como “Além disso” e demostra uma conexão com o que havia sido dito anteriormente.

Estudo do Uso de Palavras
As duas únicas vezes em que a palavra βιάζεται é usada estão nas falas de Jesus relatadas por Mateus e Lucas, como já fora mencionado acima. Em todo o resto do Novo Testamento não se usa essa palavra. E seu uso fora da Bíblia não é muito significativo (THAYLER, p. 122).

Já as palavras ἀπὸ δὲ são usadas com bastante abrangência em toda o Novo Testamento.

A respeito do termo δε, Danker e Gingrich (p. 50) escrevem:
δε conjunção adversativa, pospositiva; também é usada aditivamente e Mt 1.2ss; mas Mt 6.1; 1 Co 2.15. Indicando apenas transição, ora, então Mc 5.11; Lc 3.21; 1 Co 16.12; isto éKm 3.22; 1 Co 10.11; Fp 2.8. Após um adv. de negação, pelo contrário, mas Lc 10.20; At 12.9, 14; Ef 4.15; Hb 4.13, 15. δέ και e também, mas também Mt 18.17; Mc 14.31; Jo 2.2; At 22.28; 1 Co 15.15. και ... δέ e também, mas também, pois também Mt 16.18; Jo 6.51; At 22.29; 2 Tm 3.12. Para μεν ... δέ veja μέν. δέ pode, frequentemente, ser omitida na tradução. (grifo nosso)

Como fora mostrado acima, o termo δε que quase sempre é traduzido como uma conjunção adversativa (mas), pode ser também ser usada como um aditivo que denote retomar a ideia que vinha sendo trabalhada antes.

Nesse sentido o termo serviria para conectar o verso 12 aos seus antecessores.

Por tanto proponho que a melhor forma de traduzir seria: “Além disso, desde os dias de João Batista até agora o Reino dos Céus é tomado por violência e os violentos se aproveitam disso.”

ANALISE TEOLOGICA
A correta compreensão desse veros é vital para a Soteriologia. Não é muito viável propor que Jesus aqui estivesse ensinado algo que é condenado em vários lugares da Bíblia, com mais ênfase em Efésios 2:8-10.

Deve-se levar em conta todo o contexto cultural judaico para obter uma correta interpretação desse texto.

Mediante o apresentado acima, pode-se afirmar que Jesus, dizendo: “além disso, desde os dias de João Batista até agora o Reino dos Céus é tomado por violência e os violentos se aproveitam disso” conforme a tradução proposta, não estava concordando com os ensinos rabínicos, mas sim alertando os seus ouvintes a respeito do assunto.

Jesus na verdade estava dizendo que, embora muitas pessoas ensinassem que era possível obter o reino de Deus por meio de obras praticadas (força) e que os praticantes de boas obras (que se esforção) estavam se aproveitando disso. Jesus, até então, falava a respeito de João Batista e sua pregação no deserto (versos 7 a 11). No verso 12 Ele acrescenta que desde quando João iniciou suas pregações (ou mesmo antes) já havia a crença de que o reino dos Céus poderia ser conquistado mediante esforço (cumprindo mandamentos apara obter crédito diante de Deus) e que muitos gostavam dessa ideia ao ponde de acreditarem que estavam obtendo o reino dos Céus.

 Isso, porém, não era bíblico. Era exatamente o que João desejava combater com seus sermões sobre arrependimento e confissão de pecados, batismo e nova vida. O próprio Jesus define a forma correta para se obter entrada no reino alguns versos depois (28-30) quando apela para que os que estivessem casados (talvez de tentarem inutilmente buscar méritos por esforço próprio) se achegassem a ele.


3 RESUMO E CONCLUSÕES
O texto de Mateus 11:12 pode ser mal compreendido em nossos dias se for retirado de seu contexto histórico e cultural. Nesses versos Jesus faz uma crítica a má compreensão das escrituras e lei divina por parte dos líderes judaicos de sua época.

Percebe-se que existem outras possibilidades de tradução para o termo δε, além da tradução mais convencionais que apontariam apara uma ideia de adição ao texto anterior ao invés de contraposição, como é colocado na maioria das trações modernas.

Conclui-se por tanto, afirmando que a correta compreensão desse texto tira qualquer possível alegação de que Jesus possa ter defendido a salvação pelas obras ou som o seu auxilio e se demostra que o texto apenas apresenta uma menção de Cristo sobre esse assunto.

Cristo entendia que os judeus de seu tempo tinham uma incorreta interpresam soteriologica acerca da lei. E Ele apenas explica que embora muitos estivessem retirando proeiro dessa má compreensão e crendo que por seus méritos estavam s aproximando do reino de Deus, eles na verdade estavam cometendo um terrível equívoco. Prova disso é o convite feito por Cristo no mesmo capitulo nos versos 28 a 30, um verdadeiro convite a graça e  ao arrependimento.



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REFERENCIAS
BÍBLIA DE ESTUDOS ANDREWS. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2015.

COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA: A Bíblia Sagrada com o comentário exegético e expositivo, 1. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, (Logos v. 5).

GINGRICH, F. Wilbur; DANKER, Frederick W. Léxico Do Novo Testamento Grego / Português. São Paulo: Vida Nova, 1993.

OMANSON, Roger L.  Variantes textuais do novo testamento:  análise e avaliação do aparato critíco de "O novo testamento grego". Tradução de Vilson Scholz. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2010.


REGA, Lourenço Stelio; BERGMANN, Johannes. Noções do grego bíblico: gramática fundamental. 3. ed. São Paulo: Vida Nova, 2014.

THAYLER, Joseph Henry. Greek-English Lexicon of the New Testament. Disponível em:

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Sobre o Autor:

Jair Gomes Silva é aluno do curso de Teologia da Faculdade Adventista da Amazônia. Tem grande interece pela área da teologia histórica. Ama fazer evangelismos e ganhar almas para Cristo.